30.1.06

Blogs de games e tecnologia

Este post é só para chamar atenção para dois novos blogs que entraram para a nossa seçãozinha de destaques aí ao lado:

O primeiro deles é o GameReporter.org, tocado pelo antenadíssimo David de Oliveira Lemes, o Dolemes. Tem indicações quase diárias de casual games, notícias sobre a indústria e, o que é mais bacana, uma série de atualizações sobre os desenvolvimentos made in Brazil - Dolemes participa de um grupo de pesquisa pioneiro sobre o tema, na PUC-SP. Vale prestar atenção também à tendência cultural recente derivada dos videogames: as HQs interativas.

Outra sugestão é o Blog do Sayeg, ou melhor do Bruno Garattoni, ex-repórter de Informática da Folha e meu atual companheiro de baia aqui no Link. Quando ele diz, sem modéstia, que vai falar de "novidades high-tech, mas só as legais", pode acreditar: gadgets, software e hardware (sobrou mais alguma coisa?) são a especialidade do "garotoni"!

27.1.06

O estado da arte (na China)


Legal o site da Chinese Contemporary Art Gallery, galeria que tem como objetivo apresentar os trabalhos da geração de artistas chineses pós-1989, com espaços em Londres e Beijing.

Vale ler a breve explicação sobre como a arte contemporânea chinesa nasceu e se desenvolveu no país que, sem dó nem piedade, regula o acesso de seus cidadãos à informação.

Via Canta Piriquito Canta.

Walt Pixar Co.

E essa história de a Disney comprar a Pixar, hein? O mais "estranho" é que parece que foi a Pixar quem comprou da Disney: na negociação, Steve Jobs acabou se tornando o maior acionista da Disney, a partir de agora os estúdios do Mickey serão tocados pela equipe da Pixar e, se não bastasse, John Lasseter já está sendo reconhecido como o novo Walt do século 21. Sei lá, ainda não digeri direito essa informação: é como se Jobs tivesse vendido a Apple para a Microsoft.
É necessário entrar na barriga da besta para derrotá-la. O problema (?) é que lá é quentinho, gostoso...

Nova nova economia for dummies

Antes de mais nada, "nova economia" é tããããão anos 90...

Mas independente do termo, a sempre otimista Wired (não me canso de dizer isso) conta de forma simples e rápida porque a economia ligada à tecnologia está passando por um boom e explica a diferença entre esse boom e a traumática bolha do final da década passada.

Os motivos são basicamente três:

  • Os modelos de negócios falharam (vender comida para animais pela Internet???) mas a tecnologia não. Algumas promessas quebradas daqueles tempos podem ser cumpridas hoje.

  • Naquela época ainda não havia infra-estrutura, ela teve que ser construída (implantação de redes, compra de servidores, etc). Hoje ela já existe e a conseqüência é que os custos de qualquer operação despencaram.

  • Como os custos para se começar uma empresa são muito menores, os investimentos são mais baixos. Com isso, há menos pressão para IPOs e menos espaço para especulação em geral. Ou seja, os novos negócios têm tempo de amadurecer.

Essa Wired não é mais a mesma... mesmo

Desculpem, eu tinha que falar!

24.1.06

Não pode, não pode, não pode

Se o pessoal da Free Software Foundation se preocupa com o assunto a ponto de colocar umas claúsulas na nova GPL relacionadas a ele até é possível dizer que é paranóia (não que essa seja a minha opinião). Mas quando a Wired, que tem uma constante tendência ao otimismo, diz que 2006 pode ser o ano em que as pessoas vão se acostumar à DRM, é porque a coisa é grave.

23.1.06

Quadrinho-verdade

Depois de ir à Palestina e à Bósnia, o quadrinista Joe Sacco passou finalmente a rabiscar cenas da Guerra do Iraque em seu caderninho de notas. Feita a pedido do The Guardian, na HQ Trauma on Loan (algo como, Trauma Emprestado) ele conta a história dos iraquianos Thahe e Sherzad, presos e torturados pelo Exército Americano aparentemente sem maiores explicações. Qualquer semelhança com os campos de concentração da Segunda Guerra mostrados por Art Spiegelman em Maus são mais que uma trágica coincidência...

20.1.06

O espírito da nossa era

O Google Zeitgeist é um medidor sobre o que anda interessando a população mundial. A idéia é excelente, mas o que ela mostra é bem sem graça: olhem só o top de buscas do Brasil para nov/05.
Fora isso, o site tem umas umas boas análises, como a variação nos padrões de buscas próximas a eventos importantes e alguns fenômenos em geral (ótima a curva sobre buscas por Wikipedia).

19.1.06

Software livre - EM OBRAS

O pessoal do Kaminski, Cerdeira e Pesserl Advogados correu e já colocou no ar a versão em português para o primeiro esboço da versão 3 da GNU GPL, que teve um primeiro round de discussões no início desta semana, no MIT. Os primeiros retoques manifestam oposição clara aos mecanismos de restrição digitais ("DRM é fundamentalmente incompatível com o propósito da GPL, que é proteger a liberdade dos usuários") e às patentes de software ("Queremos evitar o perigo
especial de que redistribuidores de um software livre obtenham patentes individuais, tornando o programa de fato proprietário"). Se quiser acompanhar a discussão, sem a tecla SAP, cadastre-se aqui.

Daft Punk is not playing in my house

Aí vão uns comentários sobre o que tem tocado por aqui (sei, com certo atraso).



Broadcast - Tender Buttons
O mais recente da (agora) dupla inglesa é:
60´s e 70´s feito para os 00´s ou
Velvet Underground (& Nico) + sintetizadores ou ainda
baladas, electro e esquizofrenia .


Ouvir: "Black Cat"

Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
O único do bando nova-iorquino é:
celebração, catarse e otimismo ou
hype, mas não só ou ainda
o bom e velho novo indie rock.
Ouvir: "In This Home On Ice"

Jesse Somfay - Between Heartbeats
O primeiro CD do canadense de 19 anos é:
reflexão, melancolia e fenômenos meteorológicos ou
techno + pop + minimal ou ainda
o fim da festa que começou no sábado e acabou domingo à tarde.
Ouvir: "Can You See I´m Waving"

17.1.06

Fell # 1



Um Warren Ellis de graça é sempre um Warren Ellis de graça...

TV Digital


O site Engadget começou hoje a publicar um extenso dossiê sobre TV digital, assunto que promete esquentar por aqui neste ano de 2006. Informe-se antes.

Pêlo em ovo

O picolé de xuxu - que por acaso também vem a ser nosso governador e quiçá futuro mandatário da nação - acabou de assinar um desses decretos vazios que obriga menores de 18 anos que desejem frequentar lan houses a 1) apresentar carta de autorização escrita pelos pais, 2) informar o nome da escola onde estuda e o horário das aulas e 3) aos estabelecimentos cabe "impedir" que a molecada passe mais do que três horas seguidas diante do monitor... Pior que isso, só lá na China, que, dentro de uma política governamental "anti-vício", determina que depois de cinco horas de jogo as crianças passem a não mais acumular pontos de experiência ou ter acesso a novos ítens nos jogos online. Alguém, por favor, manda um videogame pra casa desses políticos?!

A Pós-Humanidade

Vernor Vinge é um matemático e escritor de ficção científica que popularizou o termo Singularidade Tecnológica através de um ótimo ensaio escrito em 1993. O termo representa o momento em que a tecnologia atinge um grau de evolução tal que a sociedade muda de forma radical e definitiva, fazendo com que os antigos modelos percam o sentido. Para Vinge, a causa mais provável disso é o surgimento de uma inteligência sobre-humana. Ele estima que isso acontecerá dentro dos próximos 30 anos e vê basicamente 4 possibilidades:

  • Computadores superinteligentes podem "despertar".

  • Redes de computadores (e os usuários ligados a elas) podem "despertar" como uma entidade super-inteligente.

  • Homens e máquinas podem se tornar tão próximos que uma nova espécie surgirá.

  • A biologia pode aumentar a capacidade intelectual humana.


O artigo discute os dois tipos de cenários possíveis. O mais pessimista, estilo Matrix, no qual os seres humanos tornam-se obsoletos e vencidos pela seleção natural, e um mais otimista, no qual a humanidade não é substituída, mas sim transformada, numa nova raça (raciocínio bastante semelhante ao que o eterno otimista Ray Kurzweil defende em seu último livro).

Façam suas apostas.

Agradecimentos ao Rodrigo, que me indicou esse artigo.

16.1.06

Razão e sensibilidade

Não é nenhuma novidade, mas vale comentar. A Grande Caçada aos Tubarões é uma coletânea com matérias de Hunter Thompson indo de comentários sobre o nascimento do movimento hippie em San Francisco à exclusivas com Muhammad Ali, passando por aventuras drogaditas em território mexicano e a história que deu origem a Medo e Delírio. O mais legal do livro é notar que o Doutor Thompson ia muito além do estereótipo junkie-bruto-pôrraloca, se mostrando alguém com sensibilidade e percepção aguçadíssimas além de um forte senso de moral e ética (apesar de meio esquisito).

Um dos pontos altos do livro está na visita do doutor à Ketchum em 1964 para tentar entender o que levou Hemingway a se matar por lá com um tiro de espingarda aos 61 anos. A impressão que fica é que ele só achou a resposta mais de 40 anos depois, fazendo exatamente o mesmo aos 67.

Em tese, Thompson era um grande crítico da "decadente sociedade americana". Na verdade ele ia muito além disso: como qualquer um dos grandes, sua profunda visão de mundo atingia, sem restrições, a humanidade como um todo.

Clip nerd

Belíssimo clip para o Grandaddy, feito por amor à arte (e à computação), num Apple de 1979. O tal Stewart Smith realmente programou, rodou e gravou tudo o que se vê no clip.
Também compensa dar uma olhada nos outros trabalhos do estúdio de design do cara.

Valeu, Walrus, quer dizer, Ronex.

Pancho Villa

Vou pro México.

Esse ai do lado é Pancho Villa. Que não é um gordo de sombrero que atrapalha o Zorro. É um gordo de sombrero que mobilizou metade do exército americano.

Pensando em como a imagem dele ficou associada com a preguiça, e como deve ser uma arte criar esse ícones de contra propaganda.

Isso ai. Pancho Villa não é um bêbado. Madalena não é puta. Ninguem entende nada.
[ ]'s

13.1.06

O fantástico mundo da engenharia genética

Ontem o /. comentava sobre a experiência em que cientistas criaram porcos fosforescentes adicionando genes de medusa a eles.
Pois bem, essa história é chata. Mas ela serviu para me lembrar de uma outra não tão nova mas muuuuito mais legal: moscas zumbi sem cabeça controladas por laser (obrigatório ver os videos).

Meus Favoritos

Favourite Website Awards

Para quem ia postar um site legal e decidiu postar quinhentos.

10.1.06

Bela e Sebastiana, o gibi


Bruno D'Angelo e Kako, donos de um portfolio de quadrinhos brilhante mas ainda pouco conhecido dos brasileiros, acabaram de emplacar mais uma... na gringa. Os irmãos-ilustradores, que já dividiram a prancheta com os também irmãos-quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá na HQ Rock'n'Roll, participam da coletânea de histórias Put the Book Back on the Shelf, que a Image lança no final de fevereiro... na gringa.


PBBOTS tem como subtítulo A Belle & Sebastian Anthology GN, onde GN significa "graphic novel" (dã!), ou seja, reúne uma série de histórias curtas imaginadas e desenhadas para "ilustrar" algumas faixas do B&S. Essa aí acima, de Bruno D'Angelo, foi inspirada na canção Ease Your Feet in the Sea, do disco -- "verde" -- The Boy With the Arab Strap...

4.1.06

Qual é a sua idéia perigosa?

A Edge é uma fundação que tem por objetivo juntar "algumas das mais interessantes mentes do mundo" para a discussão de ciência, artes, filosofia, economia, etc, etc, etc. Todo início de ano uma pergunta é feita a seus membros e a de 2006 foi a que dá título a esse post. As respostas, de gente como Ray Kurzweil, Rudy Rucker, Jaron Lanier e mais 116 cabeções, sobre psicologia de massa, design inteligente, sistemas de governo, teorias evolutivas, nanotecnologia, entre outros, podem ser encontradas aqui.
Coragem, porque o pessoal não economiza palavras (são 75000 delas no total).

As novas tendências

Bruce Sterling é o cara porque ele consegue entender o mundo lendo revistas de moda. ("Como um futurista, eu aprendi muito sobre tendências a partir da VOGUE."). Ele olha meia dúzia de matérias e uns anúncios e tira conclusões a respeito de tecnologia, sociedade, etc.
Pra quem pode, não pra quem quer.

3.1.06

Garotas que dizem geek

2.1.06

Correndo atrás do prejuízo

Ainda não tive tempo de organizar a minha supermegalista de melhores de 2005 -- e nem sei se vou, honestamente --, mas a revista Time e o site Pitchfork já fizeram as deles.

Da Time, o que interessa aqui são os quadrinhos. O top 10 do crítico de HQs deles não tem lá grandes surpresas, mas creio que valham como boas sugestões 1) o encadernadão de Black Hole, de Charles Burns, 2) Epileptic, de David B., e 9) Night Fisher, do novo queridinho R. Kikuo Johnson -- que ainda não tive chance de ler mais do que umas cinco páginas escaneadas no site da Amazon.

Bom, e quem conhece o Pitchfork, sabe que a praia dos caras é música. Boa música. E no top 50 deles, quem encabeça a lista é o esquisitão Sufjan Stevens, com Illinoise. Vai atrás que vale. A Peligro vende. A web tem de graça. Sua consciência decide. Passaram também pela peneira rigorosa (alguns dizem chata) dos caras Antony & the Johnsons, Animal Collective, M.I.A. e... (por favor, alguém me explica o gosto desses americanos) Kanye West!

Mas vai lá: quem não garimpa, não petisca.