De volta ao DRM da Marisa
No "Estadão" publiquei ontem uma reportagem sobre a polêmica do DRM nos CDs novos da Marisa Monte. Esclarecendo a história:
1) Ronaldo Lemos (da FGV, do Creative Commons Brasil, do Cultura Livre, do Overmundo etc etc etc) enviou ao Boing Boing um e-mail dizendo que havia encontrado elementos suspeitos nos discos, lançados aqui pela EMI. Mais que cláusulas draconianas, Lemos apontava para um aparente artifício de fazer com que, mesmo rejeitando o contrato digital que acompanha os CDs, ainda assim, seria instalado um software de DRM no computador logo que os discos eram inseridos - e que esses arquivos, segundo o próprio contrato, "podem ficar no computador" mesmo depois que se desinstalasse o tal software;
2) Fatos: li o contrato e, sim, há cláusulas extremamente draconianas, como a de que a EMI não garante que o tal software "esteja livre de vírus e outros softwares prejudiciais". Sim, isso, em sim, já é uma afronta aos direitos do consumidor, mas...
3) A parte do "mesmo rejeitando ele instala o DRM" não é tão simples assim de afirmar. O que acontece é que, se você rejeitar o contrato, o CD toca mesmo assim, através do player que vem junto no CD. Isso dá a entender que algo foi instalado, mas, pelo que percebi numa segunda tentativa, ao tentar salvar as faixas no computador usando o próprio player da EMI, ele exigiu que antes eu "aceitasse o contrato". Isso indica que, provavelmeente, o player não foi instalado no teu micro, mas que rodou a partir do próprio CD - mesmo no Adicionar e Remover Programas, no Painel de Controle do Windows, não aparece nenhum programa novo, recém-instalado.
4) Por outro lado, é no mínimo estranho que o próprio contrato simplesmente ignore a existência de um botão "rejeitar" ao lado do "aceitar este contrato" e indique ao consumidor o botão "Close", escondidinho no canto esquerdo da janela, caso resolva não aceitar o contrato. Clicando em Close, nem o player abre. Para evitar confusões, o mesmo deveria acontecer com quem clica em Rejeitar.
Terreno nebuloso, enfim.
1) Ronaldo Lemos (da FGV, do Creative Commons Brasil, do Cultura Livre, do Overmundo etc etc etc) enviou ao Boing Boing um e-mail dizendo que havia encontrado elementos suspeitos nos discos, lançados aqui pela EMI. Mais que cláusulas draconianas, Lemos apontava para um aparente artifício de fazer com que, mesmo rejeitando o contrato digital que acompanha os CDs, ainda assim, seria instalado um software de DRM no computador logo que os discos eram inseridos - e que esses arquivos, segundo o próprio contrato, "podem ficar no computador" mesmo depois que se desinstalasse o tal software;
2) Fatos: li o contrato e, sim, há cláusulas extremamente draconianas, como a de que a EMI não garante que o tal software "esteja livre de vírus e outros softwares prejudiciais". Sim, isso, em sim, já é uma afronta aos direitos do consumidor, mas...
3) A parte do "mesmo rejeitando ele instala o DRM" não é tão simples assim de afirmar. O que acontece é que, se você rejeitar o contrato, o CD toca mesmo assim, através do player que vem junto no CD. Isso dá a entender que algo foi instalado, mas, pelo que percebi numa segunda tentativa, ao tentar salvar as faixas no computador usando o próprio player da EMI, ele exigiu que antes eu "aceitasse o contrato". Isso indica que, provavelmeente, o player não foi instalado no teu micro, mas que rodou a partir do próprio CD - mesmo no Adicionar e Remover Programas, no Painel de Controle do Windows, não aparece nenhum programa novo, recém-instalado.
4) Por outro lado, é no mínimo estranho que o próprio contrato simplesmente ignore a existência de um botão "rejeitar" ao lado do "aceitar este contrato" e indique ao consumidor o botão "Close", escondidinho no canto esquerdo da janela, caso resolva não aceitar o contrato. Clicando em Close, nem o player abre. Para evitar confusões, o mesmo deveria acontecer com quem clica em Rejeitar.
Terreno nebuloso, enfim.
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