14.3.08

Cabarets em Londres

Se você prestar atenção nessa lista de clubes da Timeout vai perceber que existe uma categoria um tanto exótica em Londres, que são os cabarets. Isso mesmo, é chique e moderno se montar para frequentar festas com ares burlescos. Pelo que entendi, a coisa funciona mais ou menos como qualquer outra: as pessoas se reúnem para jantar, tomar uns drinks, dançar um pouco e assistir umas performances. Mas o visual, com óbvias implicações no tema e no ambiente, é uma mistura dos cabarets clássicos dos anos 20 fundido com a estética pinup . O som vai de ritmos como jitterbug e swing aos girl groups dos 40s e 50s. E as performances dão o tom da coisa. Mas esquisito mesmo é que isso era notícia em 2006, o que significa que a moda pegou.

Por curiosidade, sugiro checar o som das Puppini Sisters (perceba que pela agenda delas a coisa se espalhou / está se espalhando pela Europa - ou talvez seja só pela música, que até que é competente) e o site do Bethnal Green WorkingMen's Club, citado como preferido pelo guia 2008 da Timeout.

Pastiche, simulacro, colagem. Pós-modernismo explica.

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2.3.08

Darwinismo e teoria da complexidade

Já parou pra pensar na teoria evolucionista? De vez em quando ela parece um pouco mágica (mesmo sendo muito menos mágica que a idéia de uma força criadora inteligente)?

Carl Woese acha que sim e usa conceitos da teoria da complexidade pra mostrar que a evolução das espécies não é tão bem comportada, apresentando saltos (ou seja, não é linear) relacionados ao comportamento de rede entre os indivíduos de uma espécie. E é exatamente essa a proposta: pra entender melhor como se dá a evolução é necessário mudar o foco do organismo para a espécie como um todo.

Com proposta diferente, mas também buscando harmonizar biologia e complexidade, Guy Hoelzer procura a relação entre seleção natural e auto-organização.

Tudo indica que o reducionismo realmente não tem mais vez.

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