Cópias ou homenagens

Tudo indica que o sampling não foi inventado no século XX.

Recente artigo da Slate explica como o Google Book Search é capaz de desmascarar autores consagrados, mostrando que frases suas foram escritas anteriormente por outros.

Melhor é o ponto de vista apresentado por João Pereira Coutinho na sua coluna de ontem, em que afirma que vários desses casos não são plágio, mas sim roubo, pois

"Plagiar é um ato de preguiça. Roubar é um ato de amor: uma forma genuína de tirarmos a outro o que desejamos intensamente como nosso."

Tal qual o sampling.

Animação lo-tech

Vídeo de "Hitchhiker's choice", do duo sueco Minilogue (discografia), feito só com canetas de várias cores e um quadro branco.

Acredito que para quem gosta de música eletrônica outros clips deles são ainda mais legais: Along the lines e Acrosstown.

Via PCL LinkDump.

Diga tchau, 1a. Lei da Robótica

1 - "Um robô não pode machucar um ser humano ou, por falta de ação, permitir que um ser humano se machuque."

Apresentação de robô militar, desenvolvido numa parceria entre a Samsung e a Universidade da Coréia do Sul.


Via Plastic.

Pilhas de informação

O digg desenvolveu uma ferramenta que apresenta uma representação visual do que acontece no site de notícias em tempo real. Ela tem duas formas, stack, linha composta por histórias cuja popularidade é demonstrada por diggers que se "empilham" em cada uma delas (brinque com o zoom e veja as outras dimensões possíveis de popularidade) e swarm, onde as histórias são bolhas que flutuam pela tela e diggers se agrupam em torno delas.

Ao olhar outras iniciativas, como o Google News Cloud (de um brasileiro, diga-se de passagem), que oferece a visualização das notícias do Google News em forma de tag cloud, tenho a impressão de que existe gente realmente preocupada com a questão do excesso de informação. Pode ser que em pouco tempo não estejamos mais lendo notícias da mesma forma que lemos jornais hoje.

A narrativa na era do vídeo - 2

Boa a matéria da Wired com os produtores da lonelygirl15, comentada aqui em setembro.

Impressionante que a coisa foi tão bem feita, mas tão bem feita, que antes de gravarem o primeiro vídeo, os produtores tiveram uma reunião com um advogado sobre a legalidade de "mentirem" para a audiência ao apresentarem uma personagem ficcional como real e fizeram a atriz assinar um acordo de confidencialidade.

A dúvida que fica é se, agora que a idéia foi exposta, eles vão conseguir capitalizar em cima dela antes de outros.

Aprendendo com quem sabe

A Semiótica.

Dica da Natasha.

O estado da blogosfera

O Technorati publicou esses dias seu estudo quadrimestral com diversos números que representam o papel que os blogs vêm desempenhando. Três pontos me chamaram a atenção:

• Blogs estão lentamente tomando o espaço da mídia convencional: dos 100 sites com maior tráfego, 12 são blogs. Ainda não é muito. Mas a lista dos 5000 mais visitados é basicamente composta por blogs (números não publicados, infelizmente). A justificativa é que o custo da infraestrutura para sites de médio porte dificulta a concorrência com blogs que podem ser tão eficientes quanto eles em termos de publicação.


• Idade e quantidade de posts estão diretamente ligadas à influência de um blog: nesse quesito o Betazine se complicou - ainda falta muito para atingir a "elite", que posta 2 vezes ao dia.


• Blogs em português representam 2% do total: considerando que a língua é usada por aproximadamente 3,5% da humanidade, não custa pensar no porquê dessa diferença.

Guerra esquisita

Você está esperando o metrô na estação Metropolitan Avenue em Nova York, muito feliz ouvindo Bloc Party no seu iPod. O trem chega e desce uma punk old school, com fone no ouvido, que vem direto na sua direção. Quando chega perto, ela saca o iPod e mostra que está ouvindo The Rezillos, banda escocesa safra 77. Você não entende muito bem o que está acontecendo e, irônico, a parabeniza. Mas aí ela aponta para o bolso no qual está o seu mp3 player e então você percebe que ela quer saber o que você está ouvindo. Justo nesse momento sai Bloc Party e entra Pet Shop Boys. E você finalmente entende que é uma disputa para descobrir quem é mais cool. E ela é tãããão mais cool que você.

A primeira vez que li essa história achei que era um trabalho de ficção para um jornal de arte e política de um bairro de intelectuais e descolados de Nova York. Mas descobri que o tal jogo de fato existe ao ver o fenômeno citado em "The Perfect Thing: How the iPod Shuffles Commerce, Culture, and Coolness", comentado ontem no Boing Boing.

E, por sinal, se alguém aí se interessar pelo Rezillos, eles tocam semana que vem em São Paulo e Curitiba.

Aposentadoria

Notícia velha, porém relevante para os desavisados (como eu): Lourenço Mutarelli, favorito desse blog desde sempre, declarou que não quer mais fazer HQs. Dois possíveis motivos: "acho que já fiz minha parte e agora é preciso dar espaço para gente nova" e "era um processo muito solitário, e estou numa fase mais para fora agora; quero sair, quero ver gente, trocar experiências". E os prêmios para "O Cheiro do Ralo" na Mostra de São Paulo, ganhos um mês após a declaração citada, só devem ter servido para reafirmar sua decisão.

Pelo visto o posto de "o mais deprimido dos quadrinistas brasileiros" vai ter que ser ocupado por outro (porque tudo indica que Mutarelli não é mais quadrinista nem deprimido). Talvez Laerte (para assinantes, infelizmente).

Obrigado, Cabrera.

Made in Japan

Nagi Noda é uma designer que tem uns videos bem legais no currículo, que vão de artistas japoneses a Tiga, passando pela Coca-Cola.

Talvez o único problema seja um certo excesso de inspiração nos trabalhos de Michel Gondry.