30.8.05

O Pereira já sabia?


Desta, acho que não... Saiu lá nos EUA, um box de quatro CDs, DVDs e --perdoem a heresia--, o que é mais legal, uma história em quadrinhos elaborada a várias mãos (entre elas Aragones, Hernandez, Johnny Ryan, Jim Woodring...) dos Rrrramones! O quadrinho, de 52 páginas, imita aquelas edições clássicas de terror da EC. Tem mais de 85 faixas de estúdios, mixes alternativos, demos esquecidas e, entre os vídeos, o cult "I Don't Wanna Grow Up" animado por Daniel Clowes. O preço, pouco mais de 50 doletas na Amazon, é um tanto salgado. Mas certamente vale cada centavo investido. Faz a gente pensar na dinheirama que vamos dar de mão beijada para os patrocinadores dos festivais "imperdíveis" dos próximos meses no Brasil. Fazendo as contas, um ingresso para ver o Weezer em Curitiba + passagem e estadia, pagava fácil, fácil essa caixinha ramônica dos sonhos...

29.8.05

Betazine sob Creative Commons

Se você olhar na coluna ao lado vai perceber um botão com um pequeno CC desenhado e o texto "Some rights reserved". Esse CC é de Creative Commons, uma licença de publicação de conteúdo (textos, fotos, músicas, etc) pelo qual o autor dá alguns direitos sob a sua obra para o público. O interessante é que ele escolhe quais direitos serão dados e em que condições. O Betazine, por exemplo, deixa qualquer um usar, alterar, transformar, copiar, distribuir e apresentar seus textos desde que:
  • O trabalho resultante dê os mesmo direitos ao público.
  • O trabalho resultante não tenha fins comerciais.
  • O Betazine seja atribuído como a fonte do novo trabalho.

25.8.05

Videobrasil

Salvo engano, acho que quase não tenho interesse na programação do 15 Videobrasil, que vai acontecer durante o mês de setembro, no Sesc Pompéia, em SP. Quase. Porque isso aqui, parece beeeeem apetitoso:

Mostra - Antologia The Kitchen
Dias 7, 8, 9 e 10/09, das 10h às 21h, na Play Gallery 3

Philip Glass, Bill T. Jones, Keith Haring, Laurie Anderson, Trisha Brown, Frank Stella, Grupo Fluxus, Robert Wilson, John Cage: a The Kitchen Performance Anthology reúne a vanguarda da cena nova-iorquina nos anos 70 e 80 em performances históricas promovidas pelo centro de mídia e teatro eletrônico The Kitchen. O programa inclui “Soup & Tart”, maratona de performances organizadas por Jean Dupuy em 1974, com Philip Glass e outros; solos de dança de Bill T. Jones sobre cenários que o artista plástico Keith Haring criava na hora; o videoclipe “O Superman”, que lançou a performer e compositora Laurie Anderson; “Flux Concert”, que reconstrói performances históricas do Grupo Fluxus, integrado por Yoko Ono; “Robert Wilson & The Civil Wars”, no qual o encenador prepara uma ópera que aconteceria em países diferentes na abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles; e “Variations V”, com bailarinos que executam uma coreografia de Merce Cunningham com música feita ao vivo por John Cage, David Tudor e Gordan Mumma.
(Do Press-release)

A revolução não será televisionada

Channel Zero é provavelmente a obra mais importante de Brian Wood. Fala sobre os EUA de um futuro não tão distante, onde um governo fascista controla a população fazendo uso de mídia e religião (e, quando necessário, repressão pura e simples). Nesse momento surge Jennie 2.5, alguém que enxerga com clareza e decide se rebelar.


Certo, o tema é velho, todo mundo já cansou de ler histórias do gênero. Mas o que nenhuma outra tem é a arte de Brian Wood. Um misto de traços sujos e dos logos e ícones assépticos do mundo civilizado, corporativo e bem comportado (coisas com as quais o Radiohead brinca há tempos em suas capas, encartes e afins), cada quadro em Channel Zero vale por si só.

Além dessa HQ Brian Wood escreveu e/ou desenhou várias outras (The Couriers, Fight For Tomorrow, as capas de Global Frequency), fez trabalhos para videogames (Grand Theft Auto, Manhunt) entre tantos outros de design.

Vale a pena checar o seu site.

Entre eu, você e a torcida do Corinthians



Muito se fala sobre o fetiche do anonimato que a Internet exerce sobre as pessoas, que por estarem protegidas por trás da tela do monitor são capazes de revelar coisas irreveláveis. Pois bem: neguinho fez um blog sobre isso. O espírito da "brincadeira" (que às vezes pode soar beeem pesada) é criar um cartão postal personalizado no qual o sujeito conta o seu segredo mais íntimo, garantido o anonimato, e envia por correspondência normal para o autor do blog... por sua vez também "quase" anônimo (no email oferecido, aparece um tal de Frank...).

Dois pontos: 1) chama atenção o trabalho minucioso (psicólogos e simpatizantes diriam obsessivo) com que os cartões são confeccionados; 2) no caso de os objetos serem mesmo verdadeiros (o que nunca dá para afirmar com 100% de certeza), é curioso perceber como as pessoas se submetem às regras do jogo ("seja breve, seja legível, seja criativo") e se "alistam" para participar em massa... (isso vale para cada e toda nova mania que surge na rede...)

Valeu, Mr. Burns!

Fetiche rocker

Mais uma boa série de fotografias do rock, só que dessa vez, exclusiva de pés: tem PJ Harvey, Marilyn Manson, Kim Gordon e muito mais.

Update: Para quem tem acesso ao UOL ou Folha, a Ilustrada publicou uma matéria sobre o assunto em maio desse ano.

23.8.05

Marketing anti-social

Além de ter criado um dos videogames mais legais da história (alguém aí disse Grand Theft Auto?!), a Rockstar Games também incentiva o surgimento de outras coisas mais legais ainda. Com o patrocínio de outros bacanudos, como as revistas XLR8R e Flaunt e o Independent Film Festival, a softhouse criou o festival online Upload, que há quatro anos premia os melhores curtas, sets de DJs, contos, design... Entre os jurados deste ano, estão o DJ Josh Wink, Disco D, Thievery Corporation, além dos escritores JT LeRoy e Jonathan Nolan (irmão do Christopher).

Se acha o tal? Então tenta a sorte, até 30 de setembro!

22.8.05

Humor nerd


Indicação para o banheiro no BarCamp, "concorrente" do FooCamp, evento que reúne algumas das pessoas mais interessantes do mundo da tecnologia para discutirem livremente durante 3 dias o que fizeram, estão fazendo e pretendem fazer.

Diga-me o que ouves...

... que eu lhe direi quem ouve também!

Se beber, não dirija

Eis uma tela do artista e amigo Andrei Bressan. O título da obra, pintada a oléo em cerca de 1m x 0,5m (chute!) é "O Poder do Hidromel". Desenhista de mão cheia, devorador de HQs e viciado em videogames, Andrei vem se aventurando no mundo das Belas Artes há não muito tempo e já acumula pelo menos uma quebrada de cara: essa belezura aí ao lado foi recusada pelo digníssimo Salão de Belas Artes de Piracicaba. Se retratar o Thor (sim, o todo-poderoso da Marvel, aquele do chapéu de asinha...) bêbado não é arte pra eles, eu é que não entendo mais nada! Mas Pira é fichinha. Vamos começar já a campanha: Andrei para a Bienal!

Sem comunicação

Clima soturno, quase depressivo. Muitas melodias (cordas, sintetizadores). Techno, glitch, minimal, electro, dub. Primeiro disco do escocês Alex Smoke (Incommunicado). Don´t see the point é a favorita.

Para quem gosta de Matthew Dear, Ricardo Villalobos, Mathew Jonson.

O Hunter Thompson é legal e o Johnny Depp também é - Parte 2

E a tal cerimônia de despedida do senhor Thompson aconteceu no último sábado, dia 20.







Via BoingBoing.

19.8.05

Ui-ui!

Sempre achei ele meio franguinha...

18.8.05

Treta!

To shoot, or not to shoot

Isso aqui é foda. Na verdade, acho que é... entra na categoria não vi, mas já gostei. Trata-se de um grupo de nerds de Austin que vêm fazendo algo muito mais legal do que jogar Halo, que é filmar Halo. Funciona assim: os caras juntam um grupo de amigos (que acabaram depois virando a pomposa Rooster Teeth Productions) e, no modo multiplayer, começam a "encenar" situações e diálogos bizarros (que depois vão ser dublados) em meio à carnificina padrão do jogo. Enquanto isso, um terceiro (ou quarto, sei lá, depende) se posiciona à distância e funciona como câmera da brincadeira... Os caras já têm mais de 50 episódios e quem viu (o que não é o meu caso ainda) jura que é melhor que South Park!

Ainda nessa praia, que neguinho chama de Machinima (de machine + cinema), nessa matéria aqui do Guardian;

Putinhas literárias


R.I.P. Aracy de Almeida (...)

E com um golpe de foice, (a cabeça de) Marcos Valério foi lançada em direção ao solo, lavando com vermelho sangue toda a honra de uma cidadezinha nos sudoeste americano (...)

Ainda bem que não vai ser - exatamente - assim, mas é verdade: escritores do quilate (cada um, cada um) de Stephen King, Neil Gaiman, Michael Chabon, Dave Eggers e até o John "Dossiê Pelicano" Grisham resolveram leiloar no eBay o nome de um personagem ou estabelecimento ou endereço ou até lápide de cemitério (no caso do Gaiman), em seus respectivos próximos livros. Trata-se de uma boa causa, dizem. A grana dos exibicionistas de plantão vai para uma fundação que promove a liberdade de expressão blabla blabla blabla...

Talvez o mais bizarro seja a descrição sobre o seu próximo livro dada pelo próprio Stephen King: "CELL será uma obra violenta, com direito a zumbis colocados em ação por sinais nocivos de telefones celulares que destróem o cérebro humano. Como uísque barato, é algo bem malvado e extremamente satisfatório."

Em tempo, King diz que o personagem/autor do maior lance que irá matar no livro tem que ser mulher... e mandar foto! Cada um, cada um...

Registro punk

Stephanie Chernikowski é uma fotojornalista que acompanhou a cena punk nova iorquina lá no seu início. Vale a pena dar uma olhada nas suas fotografias. Além de todas as figurinhas esperadas, tem gente como R.E.M., Sonic Youth, Mick Jagger e até os quadrinistas Neil Gaiman e Grant Morrison.

O Hunter Thompson é legal e o Johnny Depp também é

As cinzas de Hunter Thompson, que se matou em fevereiro desse ano, serão lançadas de um canhão de aproximadamente 45 metros misturadas a fogos de artíficio. A cerimônia de 2 milhões de dólares está sendo paga por Johnny Depp que, além de viver o escritor/jornalista no filme Medo e Delírio, era seu amigo pessoal.

Via BoinBoing.

17.8.05

Escherichia coli virtual

Em 2002, cientistas formaram uma organização internacional para o estudo da Escherichia coli, bactéria que vive nos intestinos de animais, participando do processo de digestão de alimentos. Entre os objetivos da organização está a criação de um modelo computacional (registro necessário) completo da bactéria (o que inclui atividades como nadar, digerir comida, replicar o próprio DNA, etc), pelo qual será possível observar o seu comportamento. O problema é que ainda falta entender melhor alguns dos 4288 genes da E. coli e ter acesso a computadores capazes de processar a simulação das cerca de 60 milhões de moléculas que formam uma dessas bactérias, o que estima-se que deve acontecer num prazo de 5 a 10 anos.

Na verdade, isso é só desculpa para falar do Gene Pool, simulador de vida artificial divertido, menos ambicioso e que já existe. Com ele é possível observar como um monte de seres (swimbots) nascem, se alimentam e se reproduzem "transmitindo a outras criaturas o legado de suas misérias" (seus genes).

15.8.05

Latitudes e longitudes

O Google Maps é impressionante mesmo. Olha só esse mapa aqui (a marca foi feita usando as coordenadas de São Paulo).
Ele tem tido vários usos interessantes, como a apresentação de estatísticas de criminalidade, jogos estranhos e até argumentação para escapar do pagamento multas.

11.8.05

O estranho mundo do marketing

Marketing é algo bem engraçado. Tem um gráfico muito bom mostrando quem são os consumidores da Nokia nesse estudo sobre o mercado de celulares. Eles estão divididos em:

  • Experiencers: "Eu quero me divertir".
  • Impressors: "Eu quero que você goste de mim e me admire."
  • Controllers: "Eu preciso ter controle sobre como você me vê."
  • Maintainers: "Eu quero manter o que é importante para mim."
  • Balancers: "Eu faço o balanço de meus recursos com relação as coisas que são importantes para mim."
  • Sharers: "Eu ouço, escolho e compartilho."

Eu traduziria 4 primeiros tipos como: hedonista, carente, inseguro1/egocêntrico e inseguro2. O quinto parece OK e o último, que é o cara inofensivo, que ouve, escolhe e compartilha, é tido como criminoso por gente como a RIAA.

É, parece que o dinheiro ia ser melhor aplicado se gasto com psicólogos ao invés de celulares.

Começando mais uma vez

Olás.

O Betazine já foi projeto de revista impressa, passou por projeto de revista eletrônica, houve sugestões para que fosse blog, acabou como uma lista de discussão que não deu certo e morreu.

E agora voltou.

Esperamos que funcione dessa vez.