22.1.09
20.1.09
Steven Johnson no BoingBoing
Desde 14/01, Steven Johnson é guest blogger no BoingBoing. E começou bem, divagando sobre a cultura de terror espalhada pela mídia e como o mundo não é tão perigoso quanto ela nos faz acreditar. Ele usou como principal argumento o fato de que há dois anos os EUA não viam um acidente aéreo com vítimas fatais, mas isso não corresponde a nossas impressões. Curioso é que o pouso de emergência do voo 1549 no Rio Hudson ocorreu no dia seguinte - sem vítimas fatais - o que resultou em outro post e um comentário piadista.
Vale a pena acompanhar.
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Marcadores: blog
18.1.09
Mais política e Internet
Comentei sobre o uso do Twitter e YouTube feito por Israel na guerra em Gaza. Agora são os palestinos mostrando que entendem as novas regras. A rede de televisão Al Jazeera está disponibilizando vídeos diariamente, sob a licença Creative Commons mais permissiva, apresentando seu lado da história. O movimento é ainda mais interessante ao considerar que a imprensa ocidental vem enfrentando dificuldades de atuar na área devido a restrições impostas por Israel.
A princípio pode-se pensar que essas são as velhas regras de propaganda política e guerra de informação sendo aplicadas dentro de um novo contexto. Isso talvez valha para o caso geral, em que governos e exércitos, que sempre se mostraram devagar para assimilar, aceitar e trabalhar com a nova ordem, estão finalmente entendendo como se faz. Mas algo que chama a atenção nesse caso específico é a licença usada. Se alguém considerar que a forma como as imagens estão sendo apresentadas é tendenciosa, qualquer um, inclusive uma rede de televisão israelense, pode re-editar e re-apresentar as imagens como bem entender. A única restrição é deixar calro que as imagens foram originalmente feitas pela Al Jazeera.
No fim isso não significa que também não haja propaganda embutida nisso, mas fica difícil negar a existência de uma margem muito maior para discussão nesse caso.
A princípio pode-se pensar que essas são as velhas regras de propaganda política e guerra de informação sendo aplicadas dentro de um novo contexto. Isso talvez valha para o caso geral, em que governos e exércitos, que sempre se mostraram devagar para assimilar, aceitar e trabalhar com a nova ordem, estão finalmente entendendo como se faz. Mas algo que chama a atenção nesse caso específico é a licença usada. Se alguém considerar que a forma como as imagens estão sendo apresentadas é tendenciosa, qualquer um, inclusive uma rede de televisão israelense, pode re-editar e re-apresentar as imagens como bem entender. A única restrição é deixar calro que as imagens foram originalmente feitas pela Al Jazeera.
No fim isso não significa que também não haja propaganda embutida nisso, mas fica difícil negar a existência de uma margem muito maior para discussão nesse caso.
15.1.09
'Watchmen': por que a Fox não larga o osso?
Sei que o Mauricio não-vai-ver-e-não-gostou e que o Bruno deve estar bem cético com o assunto, mas essa pendenga entre a Warner e a Fox em torno do (não)lançamento do 'Watchmen' está me tirando o sono. Especialmente desde que vi cerca de 30 minutos de cenas do longa, em uma sessão para convidados em São Paulo.
Se vai dar merda ou não, só vai dar para saber - talvez - no dia 20 de janeiro, quando o juiz ficou de dar uma sentença (e, como bosta pouca é bobagem, ele estava pendendo para a Fox).
Uma das coisas que me animou nessa história, no entanto, foi ler a carta aberta que um dos produtores do filme, Lloyd Levin, lançou na internet dias atrás tentando mostrar a tamanha sacanagem que é a Fox resolver se manifestar só agora sobre o filme, sendo que já sabia há anos que o projeto estava andando (devagar e sempre). Posso estar sendo ingênuo, mas não me parece que um cara desses deixaria Hollywod ou a Warner foder com o filme/HQ.
Alguns trechos da carta:
No one is more keenly aware of the irony of this dispute than Larry Gordon and I who have been trying to get this movie made for many years. There's a list of people who have rejected the viability of a movie based on Alan Moore and Dave Gibbon's classic graphic novel that reads like a who's who of Hollywood.
We've been told the graphic novel is unfilmable.
After 9/11 some felt the story's themes were too close to reality ever to be palatable to a mainstream audience.
There were those who considered the project but who wished it were somehow different: Could it be a buddy movie, or a team-up movie or could it focus on one main character; did it have to be so dark; did so many people have to die; could it be stripped of its flashback structure; could storylines be eliminated; could new storylines be invented; did it have to be so long; could the blue guy put clothes on... The list of dissatisfactions for what Watchmen is was as endless as the list of suggestions to make it something it never was.
E sobre a cara-de-pau da Fox:
From my point of view, the flashpoint of this dispute, came in late spring of 2005. Both Fox and Warner Brothers were offered the chance to make Watchmen. They were submitted the same package, at the same time. It included a cover letter describing the project and its history, budget information, a screenplay, the graphic novel, and it made mention that a top director was involved.
And it's at this point, where the response from both parties could not have been more radically different.
The response we got from Fox was a flat "pass." That's it. An internal Fox email documents that executives there felt the script was one of the most unintelligible pieces of shit they had read in years. Conversely, Warner Brothers called us after having read the script and said they were interested in the movie - yes, they were unsure of the screenplay, and had many questions, but wanted to set a meeting to discuss the project, which they promptly did. Did anyone at Fox ask to meet on the movie? No. Did anyone at Fox express any interest in the movie? No. Express even the slightest interest in the movie? Or the graphic novel? No.
Enfim, agora é torcer para este filme sair. Ou não.