28.4.06

E o vencedor é...


O site/comunidade virtual Habbo Hotel está promovendo o Habbowood, um festival de cinema com filminhos criados com os cenários, avatares e editor de filmes disponíveis no "jogo", uma mistura de The Sims com Second Life e estética 8-bits. Na próxima quinta-feira, dia 4, será anunciado o vencedor com direito a baile de gala.

Uma competição semelhante é a Chrysler in The Movies, que além de filmes com maiores possibilidades gráficas e de roteiro oferecidos pelo jogo The Movies, tem o diferencial de ter entre os juízes gente do naipe de Paul Wes Anderson e Guy Ritchie. Os vencedores serão anunciados na E3, que rola na segunda semana de maio em Los Angeles. Mas quem quiser dar uma conferida, eis os indicados...

24.4.06

Experimental Gameplay

Qual a importância da pesquisa de linguagem para o desenvolvimento de uma mídia? Pelos caras da THQ (empresa americana responsável pela distribuição do impagável e criativo "Destroy All Humans"), a importância é grande.

Junto com a discussão de como o mercado de próxima geração de consoles pode estar colocando o mercado independente de games numa sinuca, começou a surgir uma demanda por criatividade. Aparentemente, alguns figurões se tocaram de como um jogo diferente pode render mais do que explorar a mesma franquia ad-nauseum.
Muito parecido com a relação cinema independente - cinema mainstream, alguns estúdios ja estão de olho nos pequenos joguinhos da internet para capturar idéias e talentos que garantam interesse para os jogos em HD do futuro.


Bom exemplo o site "Experimental Gameplay", com um concurso de "faça um jogo em duas semanas". Os ganhadores vão direto para os quartéis da THQ.

Atenção especial a jogo como "The Swarm" e "Big Vine", que são mais pequenos brinquedinhos interativos, mas que podem ser explorados dentro do contexto dos jogos milionários.

20.4.06

Eles não podem estar errados

Esse post não contém nenhuma novidade. Na verdade, sua única função é demonstrar nossa apreciação a algo bastante antigo e que tem gente que vai de Charles Schulz a Chris Ware, passando por Umberto Eco e Jack Kerouac, entre seus fãs: Krazy Kat, tira de George Herriman que foi de 1913 a 1944, sobre a gata (ou seria um gato?) que empresta seu nome a série e é apaixonada por Ignatz Mouse, o rato que a despreza e atira tijolos em sua cabeça o tempo todo (os quais ela entende como sinal de amor), tudo com cenários surreais ao fundo e sob a vista do cachorro policial Officer Bull Pupp, por sua vez apaixonado pela gata/gato.
Já faz um tempo que a Fantagraphics vem publicando a séria completa, devagar e sempre.

19.4.06

"A Internet está entrando na era do Lego"

É assim que começa o bom artigo sobre o poder da modularização na construção de aplicações. Na verdade, esse é um sonho antigo no desenvolvimento de software, criar programas a partir de blocos reutilizáveis e independentes, mais ou menos como funciona a montagem de um carro. Na prática o que acontece na maioria das vezes é que blocos de software não se encaixam tão facilmente uns nos outros (quando se encaixam) quanto os usados na indústria automobilística.
Mas surgiu espontanemente uma outra forma desse conceito que está dando bastante certo: são os mashups, aplicações web compostas de outras aplicações web. Coisas como a busca do Google que pode ser embutida em um site ou o S3 da Amazon, serviço de armazenamento remoto de informações.
E o mais interessante de tudo isso é a forma como o mercado de software está mudando. Boa parte das grandes idéias está surgindo de empresas com baixos investimentos e poucos programadores. Citando Bruce Sterling: "Eles roubaram nossa revolução e agora nós a estamos roubando de volta e a vendendo para o Yahoo" (provavelmente se referindo a compra de dois dos serviços mais importantes dessa nova onda, Flickr e del.icio.us, pela empresa).

Shin-Chan cai no samba

O amigo e mangaka Alexandre Nagado aponta para o blog de Michel Matsuda, um brasileiro fã de cultura pop japonesa direto da terra do sol nascente. Fui conferir e logo no primeiro post, esta notícia sensacional: um episódio de Shin-Chan inteirinho dedicado ao Carnaval! Alguém traga esse desenho para cá, por favor...

A Singularidade está próxima

Em entrevista a Cory Doctorow, Ray Kurzweil fala a respeito da sua visão de Singularidade (apresentada em livros como The Age of Spiritual Machines e The Singularity Is Near, When Humans Transcend Biology). O cenário traçado é bem esquisito, mas plausível. Um modelo completo do cérebro humano, que segundo Kurzweil não é tão complexo quanto acreditamos, deve estar pronto em mais ou menos 20 anos. Esse modelo provavelmente será criado através de engenharia reversa, literalmente scaneando a atividade cerebral e entendendo como as peças se encaixam. Após isso são mais alguns anos até conseguirmos transferir a mente biológica para o computador.
Mas ele acredita que antes disso já teremos conseguido gradualmente algumas coisas através da nanotecnologia. Robôs serão injetados nos seres humanos primeiramente com fins médicos, mas logo em seguida poderão ser usados para aumentar nossa inteligência.
Parece ficção científica? Pois é, o artigo foi publicado na Asimov´s Science Fiction.

18.4.06

Convergência Digital

Huahuahuaha!!


Palmas ao maluco Ian, um simpático velhinho mecânico que criou um display em LEDs que exibe o que você digitar no site dele... na frente de sua loja no Canadá, e você fica que nem bobo acompanhando na webcam.

Com palmas adicionais para o moleque inútil (outro, não eu) que completou a piada no led debaixo!

E quem disse que a internet não serve para nada?

17.4.06

Web 2.0 na prática

Depois de tanto se ouvir falar em participação, mashup, software social, RSS e todas as outras mil coisas que formam a Web 2.0, a Web2.0 List é uma boa fonte de referência para se entender como tudo isso está sendo efetivamente usado. A lista mostra diversas aplicações que vão de coisas já óbvias, como GMail e Flickr, a particulares, como ElfURL e Basecamp.
Claro que tudo categorizado através de tags...

Bug na Wikipedia

Danah Boyd (autora já citada aqui anteriormente) posta sobre a saga da criação de um artigo sobre ela na Wikipedia. As duas grandes críticas que ela faz ao processo são os critérios utilizados para considerá-la alguém relevante o suficiente para constar na enciclopédia (um dos principais "medidores de notoriedade" são aparições na grande mídia - algo bem discutível) e o poder que ela tem de interferir na edição de informações erradas sobre ela mesma (nenhum!).
Não que o modelo de edição da Wikipedia seja uma lástima, mas é fato que ele ainda tem um tanto a ser melhorado.

11.4.06

Mais um pouco de nova economia

Tim O´Reilly explica em seu blog o que são competição assimétrica e encolhimento de mercado. Os conceitos são simples, os resultados não tanto.
Competição assimétrica é o fato de um novo competidor mudar as "regras do jogo" por não usar o mesmo modelo de negócios que o resto do mercado. Um exemplo disso é a competição entre Linux ("de graça") vs. Windows (pago).
Uma conseqüência que pode (mas não necessariamente vai) surgir daí é o encolhimento do mercado, ou seja, dinheiro simplesmente pára de ser gasto com aquele produto/serviço. Pensando no exemplo acima, quando alguém instala um Linux ao invés de um Windows, para onde vai o dinheiro economizado? Definitivamente NÃO é mais para o mercado de sistemas operacionais.
E isso vale para explicar disputas como IE vs Mozilla/Firefox, Wikipedia vs Encarta vs Britannica, etc (curioso que a Microsoft sempre está em algum dos exemplos).

4.4.06

Para aliviar...


Uma magnífica entrevista com a musa do Betazine.

De volta ao DRM da Marisa

No "Estadão" publiquei ontem uma reportagem sobre a polêmica do DRM nos CDs novos da Marisa Monte. Esclarecendo a história:

1) Ronaldo Lemos (da FGV, do Creative Commons Brasil, do Cultura Livre, do Overmundo etc etc etc) enviou ao Boing Boing um e-mail dizendo que havia encontrado elementos suspeitos nos discos, lançados aqui pela EMI. Mais que cláusulas draconianas, Lemos apontava para um aparente artifício de fazer com que, mesmo rejeitando o contrato digital que acompanha os CDs, ainda assim, seria instalado um software de DRM no computador logo que os discos eram inseridos - e que esses arquivos, segundo o próprio contrato, "podem ficar no computador" mesmo depois que se desinstalasse o tal software;

2) Fatos: li o contrato e, sim, há cláusulas extremamente draconianas, como a de que a EMI não garante que o tal software "esteja livre de vírus e outros softwares prejudiciais". Sim, isso, em sim, já é uma afronta aos direitos do consumidor, mas...

3) A parte do "mesmo rejeitando ele instala o DRM" não é tão simples assim de afirmar. O que acontece é que, se você rejeitar o contrato, o CD toca mesmo assim, através do player que vem junto no CD. Isso dá a entender que algo foi instalado, mas, pelo que percebi numa segunda tentativa, ao tentar salvar as faixas no computador usando o próprio player da EMI, ele exigiu que antes eu "aceitasse o contrato". Isso indica que, provavelmeente, o player não foi instalado no teu micro, mas que rodou a partir do próprio CD - mesmo no Adicionar e Remover Programas, no Painel de Controle do Windows, não aparece nenhum programa novo, recém-instalado.

4) Por outro lado, é no mínimo estranho que o próprio contrato simplesmente ignore a existência de um botão "rejeitar" ao lado do "aceitar este contrato" e indique ao consumidor o botão "Close", escondidinho no canto esquerdo da janela, caso resolva não aceitar o contrato. Clicando em Close, nem o player abre. Para evitar confusões, o mesmo deveria acontecer com quem clica em Rejeitar.

Terreno nebuloso, enfim.

3.4.06

Adesivos, objetos e rumores

Bruce Sterling foi convidado pelo bumperactive.com para criar uns adesivos para o site e acabou dando uma entrevista curta mas que passa por alguns dos principais assuntos que o interessam: spimes (e uma boa analogia com programação orientada a objetos), design, cyberpunk e histórias de conspirações indianas.